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É Fake

É Fake

 

“É fake”, surge como processo investigativo em 2022, momento delicado da pandemia no Brasil, em que fatos e fakes semisturavam, e as possibilidades de se relacionar com qualquer coisa, exigia uma série de protocolos num constante exercício de tentar se proteger do outro, proteger o outro e tentar existir, num processo que forçava a todos, a todo momento, processos subjetivação intensos, confusos, angustiantes, e em geral, solitários. Neste contexto surge “É fake”, frase que um transeunte grita ao passar de carro durante uma experimentação.

 

Entre uso de EPI ́s (Equipamentos de Proteção Individual) e muito plástico bolha, Fernando Lopes propõe uma exploração do chão da cidade mediada pelos itens citados, rememorando a forma como os mesmos itens, durante a pandemia, mediavam as relações das pessoas entre si, se misturavam nos processos de subjetivação e identificação, se tornaram protocolo básico para se relacionar com qualquer espaço coletivo, num constante exercício de existir através de uma barreira para proteger-se, proteger o outro, e tentar existir enquanto sujeito. 

Franco Almada, pesquisador de arte contemporânea e performance, comentou o seguinte sobre o trabalho, em seu instagram

"É Fake", performance de @outrofernandolopes, propõe reflexões amplas sobre o corpo e a visualidade. Um incômodo que fisgou a atenção de quem passava pelo espaço Um 55 @espacoum55 ao final da Rua Epitácio Pessoa, 155, no último sábado dia 26 de outubro. Ao partir do interior do estudio, Fernando lançou seu rolo de plástico bolha pelo caminho até que o mesmo acabasse. Quanta proteção é possível para o artista? As limitações financeiras, neste caso, nos serve de função para pensarmos sobre a importância do estímulo a arte. Pois quanto mais plástico bolha, mais protegidos estamos. Ainda mais nessa rua em descida, com diversos obstáculos físicos a serem vencidos por Fernando para que ele entre na Galeria. Muitos nós estas imagens dão em nossas cabeças, pois ficamos a imaginar. Qual é o propósito? Por que? Para que serve a arte? Podemos abrir um diálogo para colocar questões e, para mim, esse ato foi um início.

Exibições
 

Exposição “Expo: OCUPE” -  Espaço UM55 São Paulo - SP

Concepção e ação: Fernando Lopes
Quantidade de pessoas que viajam com o trabalho: Apenas Fernando, caso tenha um body piercer com experiência em suspensão corporal na cidade

Duração: Entre 40 minutos e 2:30 horas

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