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A Flor da Pele - A Poética

 

"Com fotossíntese na fase clara na Ofélia Shakesperiana e na fase escura no quadro "O Jardim das Delícias Terrenas" de Bosch. A Flor da pele constrói-se a partir de imagens e sentimentos e pulsões filtradas pelo universo simbólico dessas duas obras e da botânica, criando a persona de Opheliae, um alguém na busca de transformar-se em flor, num exercício entre dança contemporânea, performance art e body art, buscando fertilizar e brotar relações e  possibilidades de imagens do corpotronco do dançarino/performer"

 

 

Festivais e eventos
 
2012

Residência Artística - Interações Ambientais - Itacaré/BA

Festival Internacional de Artes Cênicas - Salvador/BA

Plataforma internacional de Dança - Salvador/BA

 

2013

Abril o Corpo - Teatro Gamboa Nova - Salvador/BA

Centro Cultural Padre Las Casas - Padre Las Casas/Chile

Incorpora - Festival de Performance - Salvador/BA

Colaboração com a performance "Indiferença não mais" de T. Angel

 
2014

III Bienal de Arte da Bahia, dentro da performance Genesis e Genes, de Luisa Mota - Salvador/BA

III Festival de Teatro da Gente - Salvador/BA

I Mostra de performance Lua Cheia - Feira de Santana/BA

 

2015

Bate Papo com Eleonora Fabião, dentro das ações de greve do programa de pós-graduação em artes cênicas da UFBA - Salvador/BA

IV Festival de Teatro da Gente - Salvador/BA

Kuir me - Festival internacional de Arte e Cine Queer - Bogotá/Colômbia

 

2016

Da Alegria, do mar e outras consciências - Salvador/BA

Vivadança Festival Internacional - Salvador/BA

 

"A Flor da pele" configura-se enquanto uma poética, como a criação de um universo simbólico e poético, norteador de uma série de processos e obras artísticas, nas áreas da dança contemporânea, performance art com destaque pra Body Art e Intervenção Urbana, Vídeo e Fotografia

 

O trabalho tem seu primeiro embrião com temática na idéia de culpa, desejo e prazer no judaico-cristianismo. Com o tempo, as questões foram mudando e, em 2012, o projeto foi premiado com a residência artística "Interações Ambientais", espaço que serviu para a criação e formatação do processo como ele se encontra hoje.

 

A Flor da Pele surgiu partindo da mistura de dois momentos anteriores da investigação, o momento ligado as questões de culpa, desejo e prazer e outro, ligado a construção de um solo autobiográfico . A partir destes dois referenciais, reiniciei as investigações, e acabei por adotar o quadro "O Jardim das Delícias Terrenas" e a personagem "Ofélia", de Hamlet, obra de Shakespeare, como norte para o processo e para a residência artística. 
 

Na residência, o quadro de Bosch foi utilizadocomo referência, enquanto no fazer diário, a persona de Opheliae veio surgindo e se mantém hoje como aspecto central a ser investigado no processo de A Flor da Pele.
 

O processo de A Flor da Pele, diferente de diversos processos artísticos, não objetiva um trabalho final, e sim ser uma poética em que trabalhos e obras possam surgir dele, sem finalizá-lo, entendendo o próprio processo enquanto obra. Tal processo configura-se também como o trabalho investigativo e que gerou mais resultados diversos dentro da obra de Fernando Lopes. Poética se mantém em investigação e constante produção.

 

Dentro do processo, é possível listar os seguintes resultados, obras que se mantém em processo dentro da inestigação dentro da poética proposta por Fernando Lopes.

 

 

Culpa, desejo e prazer

O projeto de "Culpa, desejo e prazer" surge como um embrião de "A Flor da Pele".  Foi uma investigação site specific realizada para o espetáculo "Paradoxx", de Leda Ianitelli, que não pode ser implementada no espetáculo por uma mudança do local de apresentação do espetáculo.

 

Pensado para ser realizado numa capela, esta pesquisa foi aproveitada e serviu como norte e primeira experiência de Fernando Lopes com questões ligadas a Body Art no fazer artístico.

 

Segue abaixo algumas fotos do período

Isso Pode Não Ser Dança?

Uitlizando-se da pesquisa já iniciada, Fernando aproveita-se da mesma para construção de seu solo-ritual de encerramento de graduação, que visava trabalhar/processar questões e histórias construídas coletivamente/publicamente no período de formação superior de Fernando.

 

O título surge em referência a intervenção de mesmo nome, primeiro trabalho do qual Fernando é premiado e começa a projetar seu nome no campo artístico soteropolitano. 

 

Construído em 4 partes, a primeira parte trata-se de uma carta convite, enviada dias antes da apresentação do trabalho, e que serve de trilha para a segunda parte. A segunda e terceira parte podem ser conferidas no video abaixo, e a quarta parte surge no processo da primeira parte. Ao enviar a carta convite, respostas foram feitas por uma série de pessoas, respostas estas que foram transcritas e após a ação no teatro, foram postas no corpo como se o mesmo fosse um quadro de cortiça.

 

 

 

 

 

 

Interações Ambientais - A Residência

Meses após "Isso Pode Não Ser Dança?", a investigação já delineava contornos próximos dos que possui hoje, contornos estes que foram melhor delineados depois do prêmio de residência artística "Interações Ambientais", junto com a cia. franco-brasileira Dezeo Ito.

 

Um dos principais ganhos para a poética de "A Flor da Pele" foi de entender produção artistica de maneira mais fluída e processual, entendendo a geração de registros como a geração de obras também, discutindo o trabalho no seu fazer.

 

Abaixo segue um video produzido com materiais da residência e fotos, e expostos dentro do Festival Internacional de Artes Cênicas - BA.

 

Posteriormente realizei também a primeira fotoperformance, intitulada "O Sonho de Opheliae", 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Flor da Pele

Após o período da residência, o processo começou a tomar novos rumos, ainda mantendo o mesmo norte poético, porém, se reentendendo e se problematizando, aspectos básicos para a criação da primeira versão do solo de "A Flor da Pele", assim como para a participação da persona de "Opheliae" em trabalhos de terceiros, como a participação em fotoperformance dentro da obra "Indiferença não mais" de Thiago Soares.

 

Tal entendimento permite até hoje que o solo seja remontado a cada ano, entendendo todo o pensamento coreográfico a partir da mudança de maturidade e entedimento de Fernando Lopes, e de outras experiências que surgem durante o processo.

 

O solo de "A Flor da Pele" foi apresentado no teatro Gamboa Nova, em Salvador, de maneira independente no Centro Cultural Padre Las Casas, na cidade de Padre las Casas, sul do Chile, e no festival Teatro da Gente, em Salvador

 

Abaixo seguem fotos e videos de momentos dos últimos três ano do solo de "A Flor da Pele"

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